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O Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo a maior delas em território, com uma área de 1.570.745,680 km², constituindo-se na nona maior subdivisão mundial, sendo maior que as áreas da França, Espanha, Suécia e Grécia somadas. Wikipedia
População3.590.985 (2012)
Área1.571.000 km²
 

LOCALIZAÇÃO: o Amazonas, estado brasileiro, fica no centro da região Norte, no coração da Floresta Amazônica

A linha do Equador atravessa o estado

É o maior estado do Brasil, ocupando mais de 18% da superfície do país e seu território está distribuído pelo planalto das Guianas (ao norte) e pelas encostas do planalto Brasileiro (ao sul).

O nome "Amazonas" é de origem indígena, da palavra amassunu, que quer dizer "ruído de águas, água que retumba". Foi originalmente dado ao rio que banha o estado, pelo capitão espanhol Francisco Orelhana, quando, ao descê-lo em todo o comprimento em 1541, a certa altura encontrou uma tribo de índias guerreiras, com a qual lutou. Associando-as às amazonas do Termodonte, deu-lhes o mesmo nome.

FRONTEIRAS: Norte = VenezuelA; Noroeste = Colômbia; Sudoeste = Peru

DIVISAS: Norte = Roraima; Leste = Pará; Sudeste = Mato Grosso; Sul = Rondônia; Sudoeste = Acre

ÁREA (km²): 1.577.820,2


RELEVO: depressão na maior parte; faixa de planície perto do Rio Amazonas e planaltos a Leste. Tem ao mesmo tempo as terras mais altas (pico da Neblina, 3.014m de altitude, situado ao norte do estado na serra de Imeri, próximo à Venezuela) e a maior extensão de terras baixas (menos de 100m) do Brasil

O relevo do estado do Amazonas apresenta três patamares de altitude - igapós, várzeas e baixos platôs ou terra firme - definidos pelo volume de água dos rios, em função das chuvas. Os igapós são áreas permanentemente inundadas, com vegetação adaptada a permanecer com as raízes sempre debaixo d’água. As várzeas encontram-se em terreno mais elevado e são inundadas apenas na época das cheias dos rios. A seringueira é um exemplo do tipo de árvores existentes nessa área. Os baixos platôs ou terra firme estão localizados nas partes mais elevadas e fora do alcance das cheias dos rios.

RIOS PRINCIPAIS: Solimões, Amazonas, Juruá, Purus, Negro Içá, Japurá

A bacia Amazônica estende-se por 3.889.489,6 km2, representando um quinto de toda a reserva de água doce do planeta. Seus rios estão condicionados ao regime das chuvas e constituem praticamente as únicas vias de transporte dos habitantes locais. Existem mais de 20 mil km de vias fluviais navegáveis, ligando comunidades distantes na região. O rio Amazonas é o segundo mais extenso do planeta e o primeiro em volume de água (100.000 m3). Nasce no planalto de La Raya, no Peru, com o nome de Vilcanota, passando a se chamar Solimões quando entra em território brasileiro. A partir da confluência com o rio Negro, nas proximidades da cidade de Manaus, recebe o nome de Amazonas. Dos seus 6.515 km de extensão, 3.600 correm em território brasileiro a uma velocidade de 2,5 km/hora, levando em seu leito toneladas de sedimentos arrancados das margens, o que torna a sua coloração amarelada. Sua largura varia de 4 a 5 km, chegando a alcançar 10 km em certos locais. A profundidade média do rio Amazonas chega a quase 100 m. Entre seus mais de sete mil afluentes, os principais são os rios Madeira (que percorre uma extensão de 3.200 km), o Xingu e o Tapajós, na margem direita; e os rios Negro, Trombetas e Jari, na margem esquerda

VEGETAÇÃO: Floresta Equatorial (Floresta Amazônica), que se divide em três tipos: matas de terra firme, matas de igapó e matas de várzea.

Nas matas de terra firme encontram-se as grandes árvores de madeira de lei da Amazônia. Em alguns locais as copas das árvores são tão grandes que impedem a passagem de até 95% da luz do sol, tornando o interior da floresta escuro, malventilado e úmido. Entre as principais espécies existentes nessa região encontram-se as castanheiras-do-pará, a seringueira, o guaraná e o timbó, cipó utilizado pelos índios para envenenar os peixes.

As matas de igapó localizam-se nos terrenos mais baixos, próximos aos rios, mantendo-se permanentemente alagadas. Durante o período de cheia, as águas inundam as margens dos rios, avançam pela floresta e chegam quase a alcançar as copas das árvores, formando os "igapós". Quando esse fenômeno acontece nos pequenos rios e afluentes, são denominados "igarapés". As árvores encontradas nesse tipo de matas podem atingir 20 metros de altura, mas é comum encontrar-se árvores de dois a três metros, com ramificação baixa e densa, de difícil penetração. Sua espécie mais famosa é a vitória-régia, conhecida como a "rainha dos lagos". A folha da vitória-régia pode chegar a medir um metro e oitenta centímetros de diâmetro. As bordas de suas folhas são levantadas e espinhosas, para evitar a ação destruidora dos peixes, e as raízes se fixam no fundo da água, formando um bulbo com um cordão fibroso revestido de espinhos. A flor também se abre protegida por espinhos e muda de cor, do branco para o rosa, com o passar do tempo. O bulbo da vitória-régia é muito apreciado pelos índios e as sementes se assemelham às do milho. No período de seca as vitórias-régias desaparecem, voltando suas sementes a germinar na estação das cheias.

As matas de várzea localizam-se entre a terra firme e os igapós, variando de acordo com a proximidade dos rios. Nelas podem ser encontradas árvores de grande porte como a seringueira, as palmeiras e o jatobá.

CLIMA: equatorial

MUNICÍPIOS (número): 62 (1996)

CIDADES MAIS POPULOSAS: Manaus (1.138.198), Manacapuru (60.216), Tefé (64.097), Parintins (61.911), Itacoatiara (60.976), Humaitá (43.056)

HORA LOCAL (em relação a Brasília): -1h a L da linha Tabatinga-Porto Acre; -2h a O

HABITANTE: amazonense

POPULAÇÃO: 2.812.557 (2000)

DENSIDADE: 1,78 habitantes por km2

ANALFABETISMO: 15,3% (2000)

MORTALIDADE INFANTIL: 29,3

CAPITAL: Manaus, fundada em: 24/10/1848

A instalação da Zona Franca fez a população de Manaus aumentar de 300 mil para 800 mil habitantes entre 1970 e 1985.

HABITANTE DA CAPITAL: manauara ou manauense

A economia do estado baseia-se principalmente nas atividades de extrativismo, mineração, indústria e pesca. Os principais produtos agrícolas cultivados no estado incluem a laranja, a mandioca, o arroz e a banana. Entre os minerais existentes, destacam-se o calcário, a gipsita e o estanho. A produção industrial recebeu significativo impulso a partir de 1967, quando foi criada a Zona Franca comercial e industrial de Manaus, com o objetivo de promover o desenvolvimento da região. Destacam-se no parque industrial do estado, a produção de materiais elétricos e de comunicação; a indústria metalúrgica e de extração mineral; a fabricação de relógios; e a indústria alimentícia e de bebidas.

A pesca é uma das principais atividades econômicas da população amazônica e o alimento básico para o seu sustento. Existem várias espécies de peixes nos inúmeros rios da região, entre os quais se destacam o tucunaré, o dourado amazônico, o gamitana e a pescada. As piranhas, cuja carne é muito apreciada por pescadores, habitam quase todos os rios da Amazônia. No entanto, raramente encontram-se em concentrações suficientes para causar o perigo que a elas é freqüentemente atribuído. O pirarucu, um dos maiores peixes de água doce do mundo, é encontrado em abundância nos rios amazônicos. Podendo atingir dois metros de comprimento e pesar até 150 kg, suas escamas são utilizadas como lixas e sua carne é muito apreciada pelos habitantes da região. O peixe-boi, uma das espécies mais exóticas da Amazônia, encontra-se em risco de extinção, por ser presa fácil de caçadores. Trata-se de um mamífero que pode alcançar até três metros de comprimento e 400 kg de peso.

A construção da Rodovia Belém-Brasília, no final dos anos 50, é o primeiro passo para romper o isolamento e a estagnação econômica dos estados amazônicos. Em 06 de junho de 1957, foi criada pela Lei 3.173 a ZONA FRANCA DE MANAUS, pelo Presidente da República Juscelino Kubitschek de Oliveira, que tinha como objetivo básico: "estabelecer um Programa de Desenvolvimento Regional, que promovesse a recuperação econômica da Região, esvaziada e abalada pela desestruturação das atividades da borracha, da juta e do extrativismo florestal". Esta Lei só foi regulamentada 10 anos depois de promulgada, pelo Decreto Lei Nº 288 de 28 de fevereiro de 1967, criando a SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS - SUFRAMA, na administração do Presidente da República Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. O objetivo é estabelecer um pólo industrial na capital do Amazonas por meio de redução dos impostos de importação e exportação. No ínicio dos anos 70, começa a ser desenvolvido, por meio do Plano de Integração Nacional, um programa que prevê a construção de estradas, a ocupação planejada e o incentivo à instalação de empresas na região. É dessa fase a construção da Transamazônica e a de agrovilas que atraíram milhares de migrantes com a concessão de lotes de terras. O objetivo desse e de outros programas, administrados pelo Instituto Nacional de Reforma Agrária (INCRA) e pela Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) é "integrar para não entregar" , já que os governos militares queriam garantir a ocupação brasileira numa região tradicionalmente cobiçada por outros países
Uma nova frente de desenvolvimento do Estado vem sendo instalada, o Terceiro Ciclo e o turismo, especialmente o ecológico, que atrai milhares de brasileiros e estrangeiros

ORIGEM DO ESTADO: 

Até meados do século XVIII, quase toda a região amazônica pertencia legalmente à Espanha. Nesse longo período, permanece praticamente desconhecida, visitada apenas por missionários e aventureiros, alguns enviados em expedições oficiais, como a de Pedro Teixeira, que em 28.12.1637 subiu o Rio Amazonas, alcançando Quito, no Equador. Tanto os portugueses como os espanhóis só exploram as chamadas "drogas do sertão" - madeiras, resinas, ervas e condimentos - que não chegaram a ter importância ecconômica significativa. Isso explica, em parte, a relativa facilidade com que a Espanha cedeu toda a imensa área a Portugal nas negociações do Tratado de Madri de 1750.
Nas décadas seguintes são construídas fortalezas para a defesa da região, transformada na Capitania de São José do Rio Negro.

Os padres jesuítas são substituídos por funcionários leigos na catequese e educação dos índios. Com a Independência, a capitania é integrada à província do Pará, envolvendo-se nas lutas da Cabanagem. Em 1850, o governo imperial cria a província do Amazonas, com capital em Manaus, antiga Barra do Rio Negro. E em 1866, quando começa a crescer a importância da borracha para a economia local, o Rio Amazonas é aberto à navegação internacional

Pelo Tratado de Tordesilhas, assinado entre Espanha e Portugal em 1494, a região Amazônica pertencia à Espanha. Desde o início do século XVII, no entanto, passou a ser alvo de incursões portuguesas. As disputas com a Espanha terminaram com a assinatura do Tratado de Madri, em 1750, que deu a Portugal a posse definitiva da região. Em 1850, D. Pedro II criou a província do Amazonas.

No início do século XX, a exploração da borracha levou grande riqueza para a região Amazônica. Com a decadência econômica que se sucedeu, em decorrência da exploração intensiva daquele produto nas colônias inglesas e holandesas do oriente, notadamente na Malásia, o estado passou por longo período de estagnação econômica. A partir de 1950, começou gradativamente a retomar o crescimento por meio de incentivos do Governo Federal. Esse processo culminou com a criação da Zona Franca de Manaus, em 1967, que introduziu a industrialização na região Amazônica.

O Poder Executivo do estado do Amazonas é chefiado pelo governador Omar Aziz,releito como vice-governador em 2010, tendo como Governador Eduardo Braga que se descompatilisou com o cargo para eleição a Senador da república. Hoje (2013) continua como Governador do Estado , pelo Partido Social Democrata, cujo mandato termina em 31 de dezembro de 2014. A Assembléia Legislativa do estado compõe-se de 24 deputados estaduais e a representação no Congresso Nacional inclui três senadores e oito deputados federais.